Á beira do esquecimento
Minha dor é tão forte
a beirar o esquecimento
Minha dor é a morte
De infindos lamentos.
Pois, se há uma lágrima
esta rega a esperança.
Mas se já não há nada,
esvaece a lembrança.
Qual dor maior
que a do esquecer?
se esta é dor do não mais,
do nunca,
do perder.
Ai memória perfeita
que não deixa a dor se guiar
E o esquecer e dor não se encontram
Nem pode o sofrer findar.
Coração, algoz de seu dono
a rir-se da dor que inflama.
Esquecer é a dor da morte
A da vida é a dor de quem ama.
A.L. 03.03.09
8 comentários:
"Coração, algoz de seu dono
a rir-se da dor que se derrama
Esquecer é a dor da morte
A da vida é a dor de quem ama."
Gostei do fim!
é uma amarga conclusão, não acha?
vamos ter esperança poetisa!!!!
e talvez mudar a nossa realidade...
abraço
vc está sumida ein??? cadê??? rsrs
tem um MEME pra vc no meu blog!
dê uma olhadinha...
Abraço!
Davi
grande ana, sempre você a desenhar o coração vivido com palavras meigas!
Belo Blog! Repleto de trabalhos delicados e intensos que valem a pena serem lidos. Estou te acompanhando. Beijos
Olá
Por apreciar o conteúdo e acompanhar esse blog, estou indicando-o para o selo "vale a pena acompanhar".Para mais informações, visite www.extreeemehate.blogspot.com. E parabéns pelo trabalho! Beijos
Da pior dor pode nascer um infinito esquecimento.E deste infinito esquecimento, um prazer sem medida. Mas, esse esquecimento não vem quando se pede; essa amnésia da dor é dádiva divina, é bênção da natureza,é anestesia da alma vinda do nada, é doce loucura que protege o poeta da amarga realidade.
Belo poema!
Beijos, Ana!
Lembranças nem sempre permanecem tão nítidas, mas isso não deve causar angústia a quem ama, pois o amor não se nutre das lembranças, mas da certeza do encontro, o encontro que houve e deixou marcas, o encontro que é o desejo dos que acreditam em eternidade.
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